O ambiente que não vemos

A partir da invenção da energia elétrica e de todos os equipamentos daí originados, um novo fator passou a permear o ambiente: as radiações eletromagnéticas. Estas radiações são não ionizantes, isto é, radiações que não têm intensidade suficiente para causar danos imediatos nas células humanas, mas têm a capacidade de causar-lhes excitação. O tempo de permanência da pessoa sob esta influência pode acarretar em mutações a partir da quebra de moléculas e ligações químicas. São perturbações imperceptíveis, mas que, com o decorrer do tempo, podem se transformar em manifestações patogênicas, muitas delas irreversíveis e até fatais.

A cada dia aumentam as estatísticas de casos de câncer. Todavia, um fato que chama a atenção é que a grande maioria destas vítimas é jovem. A evolução desse fator ambiental ocorreu praticamente no último século, envolvendo as gerações mais recentes. Os cientistas calculam que, nos últimos 30 anos, estas radiações aumentaram 250 mil vezes. Somos cobaias humanas a mercê da influência ambiental em relação a esse mar de radiações antrópicas.

Conclui-se, então, que o ambiente interfere de forma permanente na saúde das pessoas. Considerando que isso é um risco permanente e involuntário, cabe a cada pessoa se precaver de possíveis danos. No entanto, por se tratar de um fator invisível, os possíveis focos de concentração destas radiações ou pontos nocivos são de difícil identificação. Cabe a um profissional treinado e com conhecimentos específicos a localização de tais pontos e a devida solução para cada caso. Um problema desta natureza, se for resolvido de forma ineficiente, pode agravar ainda mais seus efeitos nocivos, ou seja, é melhor deixar como está do que fazer mal feito.

É claro que estamos aqui evidenciando apenas o lado prejudicial destas invenções. Dos campos eletromagnéticos densos às microondas do sistema de telefonia celular, são diversas as possibilidades de formação de locais nocivos no ambiente residencial e empresarial. Algumas formas da arquitetura do imóvel podem provocar a concentração destas radiações.

Com base nesses fatos e considerando os poucos estudos conclusivos a respeito, o recomendável neste caso é colocar em prática o “Princípio da Precaução”. É salutar, também, executar uma análise no Ambiente Básico para ter a certeza e a tranquilidade de estar vivendo e trabalhando em um ambiente saudável.

Isnar Amaral

Consultor Ambiental – CRQ 05203390

Especialista em Qualidade do Meio Ambiente

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